A saúde não é assim tão única: ressignificando discursos sobre (re)emergências de zoonoses
PDF

Palavras-chave

Saúde Ambiental
One Health
Ecohealth
Ecologiam Médica
zoonoses
discurso

Como Citar

Rodrigues, C. M., Geise, L., Gazeta, G. S., & De Oliveira, S. V. (2021). A saúde não é assim tão única: ressignificando discursos sobre (re)emergências de zoonoses. Revista Espanhola De Saúde Ambiental, 21(2), 170–180. Obtido de https://ojs.diffundit.com/index.php/rsa/article/view/1036

Resumo

A Ecologia Médica estuda a adaptação do ser humano ao ambiente em que vive, observando os reflexos sobre sua saúde e as interações desse com o ecossistema. One Health é uma estratégia global de expansão das colaborações interdisciplinares e de comunicação entre grupos de várias nações beneficiando os cuidados de saúde, em seus aspectos mais amplos, para seres humanos, animais e o meio ambiente. Ecohealth é um movimento que busca a saúde sustentável para seres vivos e ecossistemas, promovendo a compreensão dessa complexidade através de metodologias que encorajem a resolução de problemas pela reunião de múltiplos conhecimentos oriundos das ciências sociais, naturais e da saúde. O objetivo desse artigo é descrever possíveis desafios para os que militem na Saúde Ambiental analisando similaridades e discrepâncias dos diferentes discursos quanto à emergência e reemergência de antropozoonoses por meio de uma revisão narrativa da literatura.
PDF

Referências

Ávila-Pires F, Anguiano G. Princípios de ecologia médica. Serie UPM; 1977.

Costa MCL. Teorias médicas e gestão urbana: a seca de 1877- 79 em Fortaleza. História, Ciências, Saúde - Manguinhos. 2004; 11(1):57–74.

Costa MCL. O discurso higienista definindo a cidade. Mercator- Revista de Geografia da UFC. 2013; 12(29):51–67.

Carmo EH, Penna G, De Oliveira WK. Emergências de saúde pública: conceito, caracterização, preparação e resposta. Estudos avançados. 2008; 22(64):19–32.

Scharmamm JM, Valente JG, Leite IDC, Campos MR, Gadelha AMJ, Portela MC, De Oliveira AF. Perfil epidemiológico segundo os resultados do estudo de carga de doença do Brasil–1998. Atenção à Saúde no Brasil; 2004.

World Organization For Animal Health (OIE). A Report 1st Animal Welfare Global Forum, Paris, 2018. Disponível em: https://www.oie. int/fileadmin/Home/eng/Animal_Welfare/docs/pdf/Conferences/A_ Report_1st_AW_Global_Forum.pdf. Acesso em: 19 set. 2019.

Horwitz P, Wilcox BA. Parasites, ecosystems and sustainability: an ecological and complex systems perspective. Int. J. Parasitol. 2005; 35(7):725–32.

Vaughn CM. Medical Ecology. Ohio J Sci. 1978; 78(6):290–6.

Dias-Lima A. Ecologia médica: uma visão holística no contexto das enfermidades humanas. Revista Brasileira de Educação. 2014; 38(2):165–72.

Avila-Pires F. Ecologia, infecção e doença. Rev Soc Bras Med Trop. 1974; 8(4):235–46.

Avila-Pires F. Zoonoses: hospedeiros e reservatórios. Cad Saude Publica. 1989: 5:82-97.

Rosen G. História da saúde pública, São Paulo: Unesp; 1994.

Alho CJ. Importância da biodiversidade para a saúde humana: uma perspectiva ecológica. Estudos avançados. 2012; 26(74):151–66.

United States Agency For International Development. USAID launches Emerging Pandemic Threats program. Washington. 2009. Disponível em: http://www.usaid.gov/press/releases/2009/pr091021_1.html. Acesso em: 8 ago. 2019.

Davis S, Calvet E. Fluctuating rodent populations and risk to humans from rodent-borne zoonoses. Vector Borne Zoonotic Dis. 2005; 5(4):305–14.

Davis S. Begon M, De Bruyn L, Ageyev VS, Klassovskiy NL, Pole SB, Viljugrein H, et al. Predictive thresholds for plague in Kazakhstan. Science; 304(5671):736–8.

Zanella JRC. Zoonoses emergentes e reemergentes e sua importância para saúde e produção animal. Pesqui. Agropecu. Bras. 2016; 51(5):510–9.

Patz JA, Confalonieri EC, Amerasinghe FP, Chua KB, Daszak P, Hyatt AD, Molyneux D, et al. Human health: ecosystem regulation of infectious diseases. Ecosystems and Human Well-Being: Current State and Trends: Findings of the Condition and Trends Working Group of the Millennium Ecosystem Assessment. 2005; 391–415.

Zinsstag J, Mackenzie JS, Jeggo M, Heymann DL, Patz JA, Daszak P. Mainstreaming one health. EcoHealth. 2012; 9(2):107–10.

Zinsstag J. Convergence of ecohealth and one health. EcoHealth. 2012; 9(4):371–3.

Zinsstag J, Schelling E, Waltner-Toews D, Tanner, M. From “one medicine” to “one health” and systemic approaches to health and well-being. Prev Vet Med. 2011; 101(3-4):148–56.

UNICEF. Contributing to one world, one health. A strategic framework for reducing risks of infectious diseases at the animal-human-ecosystems interface. 2008. Disponível em: http://www.fao.org/3/aj137e/aj137e00.pdf. Acesso em: 14 set. 2019.

Daszak P. Emerging infectious diseases of wildlife-Threats to biodiversity and human health. Science. 2000; 287(5459):1756.

Wilcox BA, Gubler DJ. Disease ecology and the global emergence of zoonotic pathogens. Environ. Health Prev. Med. 2005; 10(5):267–72.

Teh JS, Rubin H. Global diseases: The role of networks in the spread and prevention of infection. In:The Network Challenge: Strategy, Profit, and Risk in an Interlinked World Upper Saddle River, NJ: Pearson, 2009.

Waltner-Towes D. An ecosystem approach to health and its applications to tropical and emerging diseases. Cad. Saude Publica. 2001; 17:S7–S36.

Feola G, Bazzani R. Desafíos y estrategias para a implementación de un enfoque ecossistémico para la salud humana en los países em desarollo - reflexiones a propósito de las consultas regionales. Montevideo: Centro Internaciónal de Investigaciones para el Desarrollo; 2002.

Freitas CM. et al. Ecosystem approaches and health in Latin America. Cad Saude Publica. 2007; 23(2):283–96.

Wilcox B, Kueffer C. Transdisciplinarity in ecoHealth: status and future prospects. EcoHealth. 2008; 5(1):1–3.

Pohl C, Hadorn GH. Principles for designing transdisciplinary research, Munich: Oekom, 2007.

Waltner-Toews D, Kay JJ, Lister NME. The ecosystem approach: complexity, uncertainty, and managing for sustainability. New York: Columbia University Press; 2008.

McMichael AJ, Beaglehole R. The changing global context of public health. The Lancet. 2000; 356(9228):495–9.

Martens P, McMichel AJ. Environmental change, climate and health: issues and research methods. Cambridage University Press; 2009.

Wilcox BA, Aguirre AA., Daszak P, Horwitz P, Martens P, Parkes M, Patz JA et al. EcoHealth: a transdisciplinary imperative for a sustainable future. EcoHealth. 2004; 1(1):3–5.

Aguirre AA, Ostfeld RS, Tabor GM, House C, Pearl MC. (Eds.). Conservation medicine: ecological health in practice. Oxford University Press; 2002.

McMichel AJ. Population, environment, disease, and survival: past patterns, uncertain futures. The Lancet. 2002; 359(9312):1145–8.

Lebel L. The politics of scale in the assessment and management of environmental change. Unit for Social and Environmental Research; 2004. 18pp.

Barton H, Grant M. A health map for the local human habitat. J Royal Soc Prom Health. 2006; 126(6):252–3.

Buss P, Pellegrini Filho A. A saúde e seus determinantes sociais. Physis: Revista de Saúde Coletiva. 2007; 17:77–93.

Czeresnia D, Ribeiro AM. O conceito de espaço em epidemiologia: uma interpretação histórica e epistemológica. Cad Saude Publica. 2000; 16:595–605.

Ostrom E. A diagnostic approach for going beyond panaceas. PNAS. 2007; 104(39):15181–7.

Charron DF. Ecohealth Research in Practice. In: Charron DF. (Ed.) Ecohealth Research in Practice. New York: Springer; 2012. pp.255–71.

The Lancet Planetary Health. Welcome to The Lancet Planetary Health. The Lancet Planetary Health 2017; 1(1):e1. DOI: 10.1016/s2542-5196(17)30013-x.

Lern H, Berg C. A comparison of three holistic approaches to health: one health, EcoHealth, and planetary health. Front Vet Sci. 2017; 4:163.

Natterson-Horowitz B, Bowers K. Zoobiquity: what animals can teach us about health and the science of healing. New York: Vintage; 2012.

Siqueira-Batista R, Rôças G, Gomes AP, Albuquerque VS, Araújo FMDB, Messeder JC. Ecologia na formação do profissional de saúde: promoção do exercício da cidadania e reflexão crítica comprometida com a existência. Rev Bras Educ Med. 2009; 33(2):271–5.

As obras publicadas na revista estão sujeitas aos seguintes termos:

  1. A revista detém os direitos patrimoniais (copyright) das obras publicadas e favorece e permite a reutilização das mesmas sujeita à licença indicada no ponto 2.
  2. As obras são publicadas na revista eletrónica sob uma licença  Creative Commons Atribuição - NãoComercial 4.0 (CC BY-NC 4.0). As mesmas podem-se copiar, usar, difundir, transmitir e expor publicamente, para fins não comerciais, desde que se cite a autoria, o url e a revista.
  3. Os autores estão de acordo com a licença de uso utilizada pela revista, com as condições de auto-arquivo e com a política de livre acesso.

Em caso de reutilização das obras publicadas deve mencionar-se a existência e especificações da licença de uso para além de mencionar a autoria e fonte original de publicação.

Downloads

Não há dados estatísticos.