Resumo
Este artigo destaca alguns aspetos que caracterizam a perceção das alterações climáticas por parte da sociedade espanhola, debruçando-se sobre a valorização do risco para as pessoas e do seu potencial de ameaça para a saúde.
Três tipos de sondagem – Sobre um amostra representativa da população espanhola – permitiam recolher a valorização dos riscos das alterações climáticas para diferentes cenários, temporais (gerações atuais – gerações futuras), económicos (países ricos – países pobres) e de proximidade da pessoa entrevistada (sociedade espanhola – a sua comunidade – a sua família – a si próprio). A análise dos dados obtidos revela a existência de diversos “estilos” de valorização do risco, descrevendo-se quatro tipos de grupo: “despreocupados”, “distantes”, “conscientes” e “alarmados”.
O trabalho avalia também as opiniões das pessoas entrevistadas, acerca das repercussões das alterações climáticas sobre a sua própria saúde. A maioria da população entrevistada considerou que a sua saúde poderia ser afetada pelas alterações climáticas e que as alterações climáticas vão aumentar as possibilidades de ter algumas doenças, como alergias, asma e doenças respiratórias. No entanto, é difícil assegurar que a noção de risco das alterações climáticas e a sua relação com a saúde se venham a traduzir num curto prazo, em atitudes e comportamentos orientados para limitar as ameaças percebidas, dado o escasso grau de relevância que na prática, as alterações climáticas têm na esfera social.
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