Palavras-chave
alterações climáticas
Temperatura de Mortalidade Mínima
desigualdades sociais em saúde
revisão de estudos
Como Citar
Resumo
Os efeitos das alterações climáticas na saúde exacerbam as desigualdades sociais e de saúde existentes. A desigualdade expõe as populações mais vulneráveis, tornando-as mais vulneráveis a danos e limitando a sua capacidade de adaptação. Para proteger a população das consequências das alterações climáticas, é necessário conhecer os fatores que intervêm nos processos de adaptação. Um indicador que permite avaliar a capacidade de adaptação ao calor de uma população é a Temperatura de Mortalidade Mínima (TMM). Através da sua evolução ao longo do tempo, permite saber se uma população apresenta adaptação ou não.
Propõe-se através desta revisão de estudos, conhecer a adaptação da população na Espanha com base em três eixos de desigualdade como são o território, a idade e o género entre, 1983 a 2018, através da análise da evolução da TMM e a sua comparação com a evolução da temperatura máxima diária. A população espanhola em geral mostrou adaptação ao calor, embora tenham sido encontradas diferenças geográficas. Ao nível do território, as províncias não urbanas mostraram maior adaptação do que as províncias urbanas. Em relação às diferenças por género, as mulheres apresentaram maior capacidade de adaptação em relação aos homens. Da mesma forma, os idosos também demonstraram capacidade de adaptação.
É necessário compreender quais os fatores que influenciam na adaptação para articular medidas que reduzam o impacto das altas temperaturas, principalmente em grupos que apresentam desigualdades sociais em saúde.
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