Quantificação de alergénicos polínicos ou contagem de grãos de pólen?
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Palavras-chave

Aerobiologia
grãos de pólen
esporos de fungos
aeroalergénios

Como Citar

Moreno-Grau, S., Elvira-Rendueles, B., & Moreno, J. M. (2017). Quantificação de alergénicos polínicos ou contagem de grãos de pólen?. Revista Espanhola De Saúde Ambiental, 17(2), 165–175. Obtido de https://ojs.diffundit.com/index.php/rsa/article/view/881

Resumo

Existe um consenso generalizado sobre a necessidade de conhecer a aeropalinologia local para poder compreender de modo adequado a polinose e realizar um diagnóstico etiológico correto. Por outro lado, os dados aerobiológicos fornecidos pelas redes de vigilância permitem implementar medidas eficazes para evitar a exposição.

A caracterização aeropalinológica do aerossol atmosférico realiza-se tradicionalmente através da amostragem volumétrica de partículas em suspensão na atmosfera e posterior contagem dos tipos polínicos e fúngicos presentes nas amostras. Um dos métodos de amostragem mais utilizado baseia-se no proposto por Hirst em 1952. A correta identificação dos tipos polínicos e fúngicos nas amostras requer uma importante formação prévia, que permita reconhecer as caraterísticas morfológicas necessárias a uma correta identificação.

Ao longo das últimas décadas do século XX foram surgindo em publicações científicas dados que direcionaram o interesse dos investigadores para a quantificação de alergénios polínicos. Além disso, assinalou-se a falta de relação encontrada entre as contagens de grãos de pólen e os sintomas de polinoses (rinites, conjuntivites e asma). Por outro lado, existe uma controvérsia em redor do tamanho dos grãos de pólen e a sua possibilidade de penetrar profundamente nas vias respiratórias. Este conjunto de evidências propiciou a introdução do conceito de carga alergénica e a necessidade da sua quantificação no aerossol atmosférico.

São muitos os esforços que se realizaram nesse sentido, neste trabalho complementaremos a nossa experiência neste tema com uma revisão da bibliografia publicada, apreciando se é possível responder à pergunta formulada por Beggs já em 1998; “O que se deve considerar, o pólen ou os alergénicos polínicos?”. A análise do tema permite evidenciar que nem sempre há uma correlação estreita entre as contagens de grãos de pólen e a carga alergénica, em alguns casos esta situação é facilmente justificável e era previsível, em outros casos as razões não são tão evidentes. Porém, até ao momento nem todos os aeroalergénios podem ser quantificados no bioaerossol, pelo que não nos encontramos em condições de substituir as contagens aeropalinológicas tradicionais, sendo necessário dar continuidade à investigação neste campo no sentido de se desenvolver uma metodologia de colheita de amostras e quantificação de aeroalergénios que possam ser implementadas nas redes de vigilância aerobiológica da atmosfera. Em consequência da revisão bibliográfica realizada registam-se outras opções possíveis para os estudos aerobiológicos e recolhe-se a opinião de outros autores sobre as possibilidades futuras.

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